domingo, 21 de abril de 2013

DENTRO DO CRISTAL



Desde a década de 2000 venho me perguntando o que é uma entidade. Uma entidade é diferente de um desencarnado. Desencarnados tem CPF, RG, tiveram local de nascimento. Entidades por sua vez não. Entidades em grande parte não têm registro civil. Entidades às vezes parece ser uma composição anímica dos médiuns, representações internas bem avivadas que auxiliam a cada um trabalhar suas questões internas. As entidades seriam Aspectos dos médiuns, pelo menos é assim que venho entendo hoje trabalhos pioneiros como o de Luís Gasparetto e Geofrey. Eles fazem um trabalho no qual parte do que seria considerada entidade externa em centros espíritas e de umbanda seja compreendido pela pessoa como forças internas.
  
Faço a distinção para falar da relação com um amigo espiritual chamado Solano, el brujo. Fiquei negociando trabalhar com Solano por quase dez anos. O fato de ele ser bruxo me despertava muito preconceito. Fui aos poucos quebrando esse preconceito, conversando, aprendendo, negociando para dar condições de ele trabalhar incorporado.

A nossa interação aconteceu quando começamos a falar de cristais. Solano trabalha com cristais, na verdade, ele tem um conhecimento bastante significativo do que Kryon denominou de malha cristalina. O que implica num conhecimento tanto das figuras geométricas, quanto das simetrias internas das relações e de como isso cria uma teia, uma malha tanto inter como multidimensional. Os cristais são portais para os mais diversos universos. Mas, menciono Solano, porque ele me disse anos atrás que estava aprisionado dentro de um cristal.

Essas coisas, simplesmente, não dão para acreditar, levar em consideração. Quando ele me contou, eu ouvi por educação. No entanto, com o passar do tempo, ele foi me mostrando o sentido e significado dos cristais. Um deles seria o que a gente tem desenvolvido com muita habilidade- o conhecimento em rede. Cristais são redes. Eles estão todos interligados. Todos mesmo. À medida que os desenterramos vamos despertando habilidades que estavam adormecidas. À medida que os acionamos vamos liberando potenciais que não eram desvelados.

A idéia que ele me passava é que um cristal sozinho tem recursos e habilidades, mas sua força é potencializada quando outros cristais operam em rede, trabalham juntos. Ele me dizia que em determinado momento da nossa trajetória nós colocamos alguns conhecimentos num sistema de rede, isto é, eles só poderiam ser acessados por mais de uma pessoa. Isso diminuiria os riscos tanto individuais quanto coletivos. Falamos de conhecimentos capazes de libertar a humanidade de processos energéticos rudimentares como de certa forma destruir a própria humanidade. Quando eu “via” essa força em atuação pensava se tratar da energia nuclear, mas não é uma energia nuclear, porque ela não vem do núcleo dos átomos. Ela não se dá mediante a fissão ou até mesmo a fusão atômica. Essa forma de energia não dissipa tanta energia quanto essa e outros recursos que utilizamos. Ela de fato se aproxima do que se denomina energia limpa. E essa energia limpa é conseguida com a utilização de sistemas em rede. Dispostos e alinhados para que gerem o seu próprio potencial energético e conduza informações, objetos, seres, pessoas por seu fluxo.

Da para entender? É como se eles calculassem a natureza de cada cristal e soubessem, mediante esse cálculo, em qual outro ponto existiria um cristal alinhado a ele. Desse alinhamento far-se-ia a modulação “gravitacional” do que poderia ser transportado.

Continua parecendo absurdo e eu não tenho conhecimento em outras áreas para dar nome a isso, mas pensem por exemplo na transposição de um arquivo do seu desktop para o e-mail de um amigo que se encontra no Japão, ou mesmo no computador ao lado do seu. Esse percurso, se é que podemos falar em distância, não existe. Assim como que de certa forma podemos desprezar e ignorar a categoria peso e tempo. De modo que na concepção dele, poderíamos fazer o mesmo com objetos mais pesados e até mesmo com seres dimensionais ou não. O que é um ser dimensional? Um ser humano com carne e osso. Tudo isso tem possibilidade de se aplicar com aspectos internos da nossa psique. Seres que existem em nós e dentro de nós, assim como a seres que existem paralelos a nós.

Segundo eles não é bem paralelos e toda a dificuldade da nossa compreensão, visualização desses espaços vem de não compreendermos o papel da angulação refratária. Eles estão falando de algo relacionado a luz e ao laser que ativa esse padrão. Padrão que pode ser acionado pela consciência mediante a intencionalidade.

Os mundos não seriam paralelos e sim "inclinados" nos mais diversos ângulos. Há pontos em que eles se cruzam, se ligam e são nesses nós que as interfaces acontecem. Nesses pontos de interfaces mudanças desencadeiam transformações em vários momentos não apenas do espaço como também do tempo e da consciência. Essas são as malhas.

Como esses conhecimentos não pertencem apenas a um povo, a uma civilização, a um ser; ele foi codificado para que fosse usado apenas em rede. Essa rede se ativaria e ativaria os parceiros no momento exato. Ativaria aqueles que se encontram afinizados e sintonizados na mesma “vibração”.

Assim, ficar aprisionado dentro do cristal significa dizer ficar com seu potencial de transformação aprisionado na rede criptografada que criamos para nos protegermos de nós mesmos. Para que na afecção de um ser sobre outro, de um mundo sobre o outro nós não nos destruíssemos no sentido tanto literal de batalhas externas quanto no sentido de aculturação e perda de essências.


"Em minha localidade a magia é natural. A possibilidade de deslocar objetos descomunais segue esse princípio que usam com desenvoltura em seus aparelhos tecnológicos de comunicação. A tecnologia que utilizam é a forma com que lidamos naturalmente com nossas informações, mas sem o uso de aparelhos externos. Essas faculdades são interfaces que estão inseridas dentro do cérebro-mente de vocês, encontrando apenas ativados ou desativado em cada um.



Mas, quando um humano ativa essa rede interna e os cristais auxiliam na recordação desse potencial, outros seres de outras localidades e temporalidades vão sendo acionados. E cada um dos seres com suas chaves conseguem liberar conhecimentos, informações que ficaram por milhares de anos desativados esperando a maturidade de cada ser respeitar o ordenamento de outros aspectos.

Quando o rapaz diz não gostar de bruxos, ele afeta seres que são brujos. E na concepção dele são tidos como Brujos, porque eles movimentam energias nas quais o jovem não tinha condições intelectivas de compreender. Mas, essa energia de pré-conceito ajudava na destruição dessa força e desse canal. Igualmente ao brujo que dizia que não gostava dos caras com olhos de gato. Cada vez que ele fazia essa colocação isso diminuía o nosso potencial de viajantes das estrelas, nos movimentarmos por esses canais. Utilizo a imagem do preconceito para ilustrá-lo como nosso  maior obstáculo e fronteira de intercâmbio. 

Outro complicador em todo intercâmbio é que cada ser percebe o canal como sendo individual, como sendo algo interno. O brujo acredita que aciona o canal realizando o seu ritual. O jovem acredita que aciona o canal friccionando o cristal, colocando-o na testa. Nós ensinamos que vocês acionariam o canal realizando atos devocionais- seja de friccionar os cristais, seja de praticar rituais- quando na verdade o que aciona o canal é a consciência.

Assim, fomos observando, que dentro e fora, interno e externo, tempo e espaço eram apenas denominações para algo que não existia. Estamos todos interligados por uma rede articulada pelo criador das existências. Iguais aos nadis do sistema veda de acupuntura. Da mesma forma que eles compõem um sistema vivo que afeta e é afetado por sistemas áuricos imperceptíveis. Igual a Terra com seus meridianos e pontos. A galáxia, o sistema também possui os seus nadis. Uma das chaves desses nadis são os cristais, as redes cristalinas.



Eles (cristais) são guardadores desses portais: interno-externo, aberto-fechado, dentro-fora, tempo-espaço. É nesse lugar-não local que movimentamos e nos integramos. É nele que somos um e nos fazemos continuum.

De modo que o brujo cigano, o sacerdote asteca, quando realiza seu ritual nesse momento no seio da pirâmide de Qualtmoltec (não sei do que se trata) esta acordando o jovem do século XX curioso pelo mundo invisível, mas com pré-juízos que devem ser extinguidos para que a malha não seja desativada. E, enquanto, ambos pensam que a nave que eles avistam vem do céu, algumas vezes, ela vem do interior deles. Isso mesmo, nós podemos navegar tanto pelas linhas externas quanto pelas linhas internas. No final não há uma coisa e outra e estamos todos interligados".

Hoje, sete anos depois, compreendo que o Solano saiu de dentro do Cristal porque nós liberamos não apenas o potencial dos quartzos, mas porque liberamos uma rede cristalina que liberta habilidades, conhecimentos, que não circulavam na face da Terra por muitos séculos. E, ao que parece, não circulava na Terra há milênios, refiro-me a energia sexual, sexualizada do feminino.

Na verdade, não é apenas isso. A energia sexual e sexualizada do feminino é apenas uma imagem e representação da poderosa suavidade dessa forma energética. Essa energia já esta entre nós e pirando todos aqueles que resistem a acessar seus outros níveis de estrutura tanto psíquica quanto genética.   

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